Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones
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quinta-feira, 28 de março de 2013

Nenhuma mãe humana jamais foi desenhada para ser a única fonte de energia que sustenta a vida do seu filho

Nenhuma mãe humana jamais foi desenhada para ser a única fonte de energia que sustenta a vida do seu filho sem receber também apoio e ajuda externa, para ela pessoalmente e para as suas necessidades individuais. 

Se bem que de inicio nós as mães sustentamos com a mesma substância do nosso corpo e depois com o nosso coração, mente e alma, a energia que gastamos em criar deve repor-se sempre com o cuidado e desenvolvimento pessoal, sem querermos realizar de um maneira ótima o trabalho de sermos mães.

 Ninguém esperaria que um campo de colheita produza ano após ano, sem reabastecer o solo e adubar-se periodicamente, e ainda esperamos que as mães façam isso. E muitíssimas mães nem sequer creem poder pedir ajuda! Quando não se repõe periodicamente o combustível necessário para criar e ajudar os outros, ou quando as mães não conseguem satisfazer a sua necessidade de desenvolvimento pessoal separadamente das necessidades dos seus filhos e família, as avarias e falhas no sistema sustentador manifestam-se em forma de depressão, ansiedade, e inclusive violência, que afectam tanto as mães como os filhos. 

Então a doença coverte-se na única forma socialmente aceite para satisfazer essa necessidade de sustento.
Christiane Northrup

terça-feira, 14 de abril de 2009

«Cada uma de nós, mães, tem de aprender também a fazer de mãe de si própria,senão não poderemos ser boas mães para os nossos filhos.Sacrificar-se não é um caminho saudável para a maternidade,apesar de termos sido ensinadas a fazê-lo durante anos e tenhamos com frequência assistido ao martírio das nossas mães.Fazer de mãe de nós próprias exige muita coragem e insisto em que tente, pela sua saúde.»

- Christiane Northrup em "Corpo de Mulher, sabedoria de Mulher"

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fazer de Mãe de Mim Própria

Este texto foi retirado do livro “Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher” de Christiane Northrup e dedico com muito carinho á Raquel e a trimamã D.
Um abraço muito apertado para as duas.



"Numa sociedade preocupada com a melhor maneira de educar uma criança
Descobri a necessidade de misturar o que é melhor para os meus filhos com o que é necessário para uma mãe bem equilibrada.
Reconheço que o dar interminável se traduz em esgotar-se a dar.
E quando se esgota a dar, não é uma mãe saudável e não é um eu saudável.

Por isso, estou a aprender a ser mulher em primeiro lugar e mãe em segundo.
Estou a aprender a sentir apenas as minhas próprias emoções
Sem roubar aos meus filhos a sua dignidade individual por sentirem também as suas emoções.
Estou a aprender que uma criança saudável tem o seu próprio conjunto de emoções e características que são só suas.
E muito diferentes das minhas.
Estou a aprender a importância de trocas honestas de sentimentos porque o fingimento não engana as crianças.
Conhecem a mãe melhor do que ela se conhece a si própria.

Estou a aprender que ninguém ultrapassa o seu passado a menos que se confronte com ele.
Caso contrário os filhos absorverão exactamente o que ela está a tentar ultrapassar
Estou a aprender que as palavras de sabedoria caem em ouvidos surdos se as minhas acções contradisserem os meus actos.
As crianças tendem a ser melhores imitadoras que ouvintes.
Estou a aprender que a vida se destina a ser preenchida com tanta tristeza e dor como alegria e prazer.
E permitirmo-nos sentir tudo o que a vida tem para oferecer é um indicador de realização.
Estou a aprender que a realização não pode ser atingida por me esgotar a dar-me mas dando a mim própria e partilhando com outros.
Estou a aprender que a melhor maneira de ensinar os meus filhos a viver uma vida preenchida não é sacrificando a minha vida.
É vivendo eu própria uma vida preenchida.
Estou a tentar ensinar aos meus filhos que tenho muito que aprender
Porque estou a aprender que libertá-los
É a melhor forma de continuarmos ligados."


Nancy McBrine Sheehan