*por Laura Gutman*
"É claro que as crianças não querem dormir sozinhas! Não querem, nem devem.
Os bebés que não estão em contacto com o corpo das suas mães, experimentam um inóspito universo sombrio que os afasta do desejo de bem estar que traziam
consigo desde o período em que viviam no ventre amoroso das suas mães.
Os recém-nascidos não estão preparados para um salto no escuro: a um berço sem movimento, sem cheiro, sem som, sem sensação de vida.
Esta separação do corpo da mãe causa mais sofrimentos do que podemos
imaginar e estabelece um contra-senso na relação mãe-filho. Não há nenhum problema em trazer as crianças para nossa cama. Todos estaremos felizes.
Basta experimentar e constatar que a criança dorme sorrindo, que a noite é
suave e que nada pode ser contraproducente quando há bem-estar.
Lamentavelmente as jovens mães desconfiam da própria capacidade de
compreender os pedidos dos filhos, que são inconfundivelmente claros. É
socialmente aceita a idéia de que satisfazer as necessidades de um bebê o
transforma em “mimado”, ainda que obtenhamos na maior parte das vezes o
resultado oposto do esperado, já que na medida em que não dormimos com
nossos filhos, nem os tocamos, nem os apertamos, eles nos reclamarão mais e
mais.
Pensemos que o “tempo” para as crianças pequenas é um momento doloroso e
comovente se a mãe não as acode, ao contrário das vivências intra-uterinas,
onde toda a necessidade era atendida instantaneamente. Agora, a espera dói.
Se as crianças precisam esperar muito tempo para encontrar conforto nos
braços de sua mãe, se aferrarão com vigor aos seios, mordendo, ferindo-os ou
chorando, assim que consigam este acesso. O medo será a principal companhia,
pois saberão que a ausência da mãe voltará a qualquer momento a
assombrá-los. As crianças tem o direito de exigir o contato físico, já que
são totalmente dependentes dos cuidados maternos. Têm consciência de seu
estado de fragilidade e fazem o que toda criança saudável deve fazer: exigir
cuidados suficientes para sua sobrevivência. A noite é longa e escura, e
nenhuma criança deveria passar por isso sozinha.
Até quando? Até que a criança não precise mais."
"É claro que as crianças não querem dormir sozinhas! Não querem, nem devem.
Os bebés que não estão em contacto com o corpo das suas mães, experimentam um inóspito universo sombrio que os afasta do desejo de bem estar que traziam
consigo desde o período em que viviam no ventre amoroso das suas mães.
Os recém-nascidos não estão preparados para um salto no escuro: a um berço sem movimento, sem cheiro, sem som, sem sensação de vida.
Esta separação do corpo da mãe causa mais sofrimentos do que podemos
imaginar e estabelece um contra-senso na relação mãe-filho. Não há nenhum problema em trazer as crianças para nossa cama. Todos estaremos felizes.
Basta experimentar e constatar que a criança dorme sorrindo, que a noite é
suave e que nada pode ser contraproducente quando há bem-estar.
Lamentavelmente as jovens mães desconfiam da própria capacidade de
compreender os pedidos dos filhos, que são inconfundivelmente claros. É
socialmente aceita a idéia de que satisfazer as necessidades de um bebê o
transforma em “mimado”, ainda que obtenhamos na maior parte das vezes o
resultado oposto do esperado, já que na medida em que não dormimos com
nossos filhos, nem os tocamos, nem os apertamos, eles nos reclamarão mais e
mais.
Pensemos que o “tempo” para as crianças pequenas é um momento doloroso e
comovente se a mãe não as acode, ao contrário das vivências intra-uterinas,
onde toda a necessidade era atendida instantaneamente. Agora, a espera dói.
Se as crianças precisam esperar muito tempo para encontrar conforto nos
braços de sua mãe, se aferrarão com vigor aos seios, mordendo, ferindo-os ou
chorando, assim que consigam este acesso. O medo será a principal companhia,
pois saberão que a ausência da mãe voltará a qualquer momento a
assombrá-los. As crianças tem o direito de exigir o contato físico, já que
são totalmente dependentes dos cuidados maternos. Têm consciência de seu
estado de fragilidade e fazem o que toda criança saudável deve fazer: exigir
cuidados suficientes para sua sobrevivência. A noite é longa e escura, e
nenhuma criança deveria passar por isso sozinha.
Até quando? Até que a criança não precise mais."
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