Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Assoalho pélvico


Assoalho Pélvico: O piso da bacia

A pélvis (“bacia”) é a parte do corpo que fica entre a barriga e as pernas. A bacia precisa ser bem forte para sustentar o peso de toda a parte de cima do corpo. Por isso temos uma musculatura forte que segura todos os órgãos da bacia no lugar certo, incluindo a bexiga, os intestinos, etc.. Nas mulheres isso é ainda mais importante, pois durante a gravidez a pélvis ainda tem que suportar o peso do útero e do bebé. A parte de baixo dessa bacia é feita por músculos fortes, que formam um “assoalho”.

Vejamos como funciona o assoalho pélvico:
Os músculos do assoalho pélvico formam um oito (8) (Figura de cima), sendo que o círculo de cima envolve a abertura da vagina e da uretra e o círculo de baixo envolve a abertura do anus.

A saúde dos músculos pélvicos é fundamental para manter a integridade e o bom funcionamento da vagina e da uretra e a posição dos órgãos dentro da pélvis. Os músculos pélvicos controlam o fluxo de urina, a contracção (aperto) da vagina e do anus. Tanto a uretra quanto o anus têm um esfíncter (músculos especiais que funcionam como fechaduras) que garantem a retenção da urina e fezes. O assoalho pélvico é composto de várias camadas de músculos suspensos como uma “rede” pendurada por dois pontos, na frente e atrás da pélvis. Além dessa rede, os músculos também formam um triângulo.

Um assoalho pélvico saudável tem um bom tonus (firmeza) e elasticidade. Entretanto a idade, a falta de exercícios em geral, e mesmo a gravidez e parto (seja ele vaginal ou cesariana) fazem com que estes músculos fiquem mais fracos.

Também é importante não ficar com vontade de ir à casa de banho. Quando tiver vontade de urinar ou de defecar, vá logo, segurar a urina provoca uma distensão muito grande na bexiga e força o esfíncter, facilitando a incontinência urinária e mesmo a infecção (cistite). Quando adiamos as fezes, elas vão secando no intestino, o que facilita o aparecimento da prisão de ventre, das hemorróidas e da dificuldade de segurar os gases.

No parto vaginal, quando a mulher foi cortada na vulva (episiotomia) ou foi ajudada com fórceps, pode prejudicar mais ainda esses músculos. Antigamente acreditava-se que para preservar a vagina e a vulva, se deveria fazer episiotomia em todas as mulheres. Hoje sabe-se que na grande maioria das vezes, a episiotomia é mais prejudicial do que benéfica, e que deve ser evitada, pois piora o estado genital das mulheres ao invés de preservá-lo. Se vai ter um parto, converse com seu profissional de saúde sobre prevenção da episiotomia (a liberdade de posição no parto é fundamental).
Fonte: Tomasso, Giselle

Quando esses músculos enfraquecem, a mulher pode ter os seguintes problemas:

Sente que sua vagina está pouco firme para as relações sexuais - às vezes nem ela nem o companheiro sentem prazer;

Dificuldade para segurar a urina (bexiga caída ou frouxa), quando ri ou tosse;

O útero pode ficar muito perto da abertura da vagina (útero caído);

Dificuldades de controlar os gases ou as fezes.

Na maioria das vezes, os exercícios pélvicos podem prevenir e tratar esses problemas. Quando iniciamos os exercícios, os músculos estão fraquinhos, mas eles aos poucos vão reagindo e ficando mais poderosos. Como todo o exercício, esses também necessitam de regularidade, mas os resultados são excelentes, e podem mesmo evitar um tratamento cirúrgico. Para muitas mulheres, esses exercícios implicam uma grande satisfação sexual, tanto na hora de faze-los sozinhas quanto depois na hora das relações.

O Pilates é um óptimo exercício para fortalecer o assoalho pélvico.

Adaptado: http://www.mulheres.org.br/fiqueamigadela
Exercícios para o assoalho pélvico:
http://gravidasemforma.blogspot.com/2007/10/exerccios-para-o-assoalho-plvico.html

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