"O parto em casa não pode ser uma idéia romântica e só. Quem quiser pode ver com esse olhar, claro, desde que a parte séria seja levada a sério! Não dá para atender parto em casa sem material completo e treinamento para emergências. Coisas acontecem em obstetrícia. São raras, mas quando acontecem é preciso rapidez e material adequado.
Não adianta rezar para Santa Margarida se não tiver drogas à disposição e se não souber fazer massagem uterina e compressão bimanual nos casos mais graves. Levar material completo para o parto não é, definitivamente, levar o hospital para dentro de casa. Hospital é um conceito, não um conjunto de equipamentos. É fundamental estar preparado para as raras intercorrências, com responsabilidade.
Quem quiser rezar, fazer a mulher cheirar a camisa do marido, bater o pilão, que o faça, mas não se esqueça da massagem uterina e das drogas se necessário. Se não melhorar, enquanto reza, pega veia e infunde volume para não chocar. Se o bebê precisar de ajuda, enquanto a doula estiver batendo o pilão e pendurando a cueca do marido na janela, a parteira já pegou ambu, estetoscópio e tapete aquecido para iniciar processo de reanimação neonatal baseada em evidências.
Parto em casa é coisa séria, não é brincadeira não. Parto em casa é ciência, parto em casa é baseado em evidências, sim, em técnicas, protocolos, treinamento, material, equipamento. Isso não signifca medicalizar nem mecanizar. Significa destinar a tecnologia certa para quem precisa. Na maioria dos partos deixaremos todo o equipamento nas malas e usaremos apenas a bolsa de água quente e a banheira inflável. E diante de uma hemorragia ou de um recém nascido não vigoroso, teremos o que e como fazer o necessário para salvar vidas." Por Ana Cristina Duarte
Não adianta rezar para Santa Margarida se não tiver drogas à disposição e se não souber fazer massagem uterina e compressão bimanual nos casos mais graves. Levar material completo para o parto não é, definitivamente, levar o hospital para dentro de casa. Hospital é um conceito, não um conjunto de equipamentos. É fundamental estar preparado para as raras intercorrências, com responsabilidade.
Quem quiser rezar, fazer a mulher cheirar a camisa do marido, bater o pilão, que o faça, mas não se esqueça da massagem uterina e das drogas se necessário. Se não melhorar, enquanto reza, pega veia e infunde volume para não chocar. Se o bebê precisar de ajuda, enquanto a doula estiver batendo o pilão e pendurando a cueca do marido na janela, a parteira já pegou ambu, estetoscópio e tapete aquecido para iniciar processo de reanimação neonatal baseada em evidências.
Parto em casa é coisa séria, não é brincadeira não. Parto em casa é ciência, parto em casa é baseado em evidências, sim, em técnicas, protocolos, treinamento, material, equipamento. Isso não signifca medicalizar nem mecanizar. Significa destinar a tecnologia certa para quem precisa. Na maioria dos partos deixaremos todo o equipamento nas malas e usaremos apenas a bolsa de água quente e a banheira inflável. E diante de uma hemorragia ou de um recém nascido não vigoroso, teremos o que e como fazer o necessário para salvar vidas." Por Ana Cristina Duarte
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