Não estamos nesta guerra silenciosa por poder ou mesmo por querer ocupar o lugar masculino, não, apenas lutamos pela nossa divindade de existir de forma plena, livre e verdadeira. Pelo nosso poder feminino que nos foi violentamente subtraído de formas tão cruéis. Negando até mesmo o nosso poder de parir, quando instituíram a origem da mulher, extraída da costela de um homem, negando assim a divindade da maternidade da nossa Mãe criadora. Negando o nosso útero. Transformando a nossa função sagrada de menstruar em algo sujo e pecaminoso. Somos fortes quando temos a real consciência da grandiosidade do rio de sangue que corre nas nossas entranhas que dá origem a vida, como o líquido sagrado dos rios e mares, a água que corre nas entranhas da grande Mãe.
Rosa Leonor Pedro
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