Há tempos falou-se de um estudo que dizia que o parto em casa triplicava o risco de morte materno-infantil... saiu agora algo que o contradiz. Deixo-vos o mail do Ric ( Dr Ricardo Jones )
Queridos amigos:
No ano passado o mundo da humanizaçãpo do nascimento foi sacudido
por uma metanálise realizada por um ionvestigador de nome Wax. Nesta
estudo se afirmava, entre outras coisas, que os partos domiciliares tr
iplicavam o risco de mortalidade perinatal. Tal idéia contradizia toda
s as outras investigações realizadas anteriormente, em que a aten
ção em domicílio, quando planejada, produzia resultados igua
is ou melhores do que os atendimentos hospitalares de mesmo risco.
Vozes provenientes do mundo da humanização se levantaram para cri
ticar a metodologia aplicada e os resultados inferidos. Infelizmente, a ACO
G (Federação dos obstetras americanos) usa ainda este estudo como
principal diretriz para desaconselhar os partos domiciliares atendidos por
parteiras.
Mas o tempo é o senhor da verdade, como bem falava minha mãe...
Nos últimos dias foi publicado no Medscape uma revisão críti
ca deste trabalho, que não deixa dúvidas sobre a má qualidad
e da análise realizada. Como se percebeu desde o início, ele tinh
a falhas intoleráveis. Resta saber se um trabvalho tão mal feito
não tinha interesses obscuros a lhe patrocinar (a exemplo do trabalho
famoso de Pang sobre os nacimentos "fora do hospital" realizado nos anos 90
, que misturava abortos e partos prematuros acidentais com partos planejado
s no domicílio, apenas para denegrir a imagem do parto em casa)
A respeito da metanálise de Wax, a conclusão é bem clara:
"... it's incomprehensible that medical society opinion can be formulated o
n research that does not hold to the most basic standards of methodol
ogical rigor
Beijos
Ric
Se quiserem ver o estudo envio-vos por mail, contactem-me pelo euquero@parirempaz.com
Sobre o blog:
“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones
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