Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Maio - mês internacional da Doula

Grata Susana pelo comentário. Gostei tanto que mereceu um post!



Sou seguidora, adoro ler a informação aqui partilhada, concordo a 100% com quase tudo o que é escrito, vibro de alegria e de orgulho com as actividades que ocorrem, choro e rio de felicidade (e de tristeza, quando é o caso) com os vídeos e fotografias, com as experiências pessoais que aqui são partilhadas.
Este é o meu 1º comentário (e não será o único) num blogue que muita informação me traz, um blogue que me conduz e me orienta nas minhas escolhas, mas que acima de tudo me ajuda a descobrir como mulher, que me ajuda no processo de auto-conhecimento.
Não sou mãe, nem doula, nem a minha profissão está relacionada com esta área, mas sou mulher e como tal, na descoberta da minha natureza feminina, encontrei um grupo de mulheres dispostas a ajudarem outras mulheres a descobrirem-se a elas próprias. O vosso método é através da maternidade, e vosso trabalho é muito mais abrangente do que possam imaginar.
Por tudo isso, o meu Muito Obrigado.
E na sequência do que escrevi, quero deixar um comentário ao texto da Moya (obrigada Catarina por partilhar, dado que o blogue é privado e não tenho acesso): é cansativo lutar contra uma mentalidade tão fechada. É ainda mais difícil lutar contra a ignorância e desconhecimento profundos que convém a muitos outros. Muitas vezes me perguntei como e quando foi que as mulheres perderam o seu próprio poder, deixaram de acreditar nelas próprias e nas suas intrínsecas capacidades. Quando a Moya descreve o papel de uma doula, que para mim é inquestionável e sem qualquer necessidade de justificação, eu vejo a fraqueza do mundo feminino, vejo as mulheres a não se reconhecerem a elas próprias, como seres diferentes, como seres com capacidades que o mundo masculino não sabe compreender e (à excepção de uns poucos) respeitar. Começa logo pela nosso biologia: a todos os níveis. Emoções são parte da Natureza feminina, emoções que somente as mulheres compreendem, emoções reprimidas num mundo altamente masculinizado. Estas emoções não compreendidas, não aceites, escondidas de outrem e de nós próprias causam grandes estragos e são a causa de muitos dos medos vividos na maternidade. A componente emocional da maternidade é maior do que a componente física. Leboyer foi o 1º médico obstetra a reconhecer isto e a mudar imediatamente o seu comportamento. E nós mulheres, estamos a passar por cima disto tudo, deixando o nosso bem-estar nas mãos de pessoas formadas pela técnica e não pela compreensão ou respeito. Eles é que sabem, nós não. Nós nem carregamos a herança genética de saber parir. A compreensão, o não julgamento, e o carinho de uma mulher nesta hora são fundamentais para a realização da mãe. Sim, porque tudo na vida se trata de realização/crescimento pessoal.
A doula não é ninguém estranho que entra de repente nas nossas vidas, é a luz, é a aquela pessoa que acredita e confia, do mais profundo do seu ser, que nós vamos conseguir! é alguém que nos lembra em todos os momentos que a maternidade é um Estado pleno de Alegria, de Graça Divina, e não um estado de medo de que algo possa correr mal. Medo esse lembrado em cada consulta de ginecologia, ou não é assim, na maior parte das vezes?
E, como todas nós sabemos, não há maior apoio do que sentirmos que nos respeitam, nos compreendem, nos aceitam, tal como nós somos. Volto a escrever: tal como nós somos! sem qualquer máscara (Portugal é um país de aparências, em todas as suas formas)!
Quantas de nós temos o privilégio de ter alguém assim nas nossas vidas?
Concluindo, Doulas :) nada de desistir de fazer ouvir a vossa voz! Os testemunhos ajudam muitíssimo, passar a palavra certa e divulgar também. A vossa ajuda é fundamental e tem que continuar.
Acredito que, seja nos casos felizes ou menos felizes (com desfechos não esperados, porque até esses têm uma razão de ser, nada nas nossas vidas acontece por acaso), o crescimento e amadurecimento da mulher ocorra, a reflexão se dê, o auto-(re)conhecimento aconteça, e possamos melhorar e muito o mundo em que vivemos.
Um abraço,
Susana M.

4 comentários:

Daisy disse...

Catarina,
Obrigada! :)
até estou emocionada! :)
tive que alterar o comentário, porque o original tinha mais de 4096 caracteres LOL. Mas acho que dá para perceber a ideia.
Tudo isto é resultado de muita reflexão (contínua no tempo, isto é, ainda decorre) acerca deste tema, de muita leitura e de busca por mais informação. Vou continuar ;).

Muita força!
Susana M.

mjf e pmp disse...

Olá Susana,
Obrigada pelo seu contributo e por gostar de ler o meu blog favorito! Este!
Quanto ao meu, está temporariamente privado. Mas quem quiser aceder a ele pode mandar-me um pedido (ao tentar aceder vai ter a uma página do blogger que diz que o blog é privado mas permite mandar uma mensagem a pedir autorização para frequentá-lo), que eu aceito.
Um abraço e boas leituras,
moya

Daisy disse...

Olá Catarina e Moya :)

este comentário é mais um recado para a moya, porque é a única forma que eu tenho de a contactar. Moya: fui ao seu blogue e não tenho nenhuma opção em como lhe posso enviar um email para me aceitar como leitora do blogue. No entanto, cliquei no 'mjf e pmp' :) e fui parar a dois blogues e num deles vi um email que lembra o nickname que usa, moya, vou enviar um email para esse endereço e ver se é mesmo a moya. :)

Até breve,
Susana M.

Anónimo disse...

o texto da Susana é emocionante especialmente porque a Catarina é essa mulher, mãe, doula que todos os dias trabalha para nos ajudar a descobrir o nosso lado forte e feminino e porque a Moya é a guerreira que contribuiu e contribui com a sua força e experiência para que as mulheres portuguesas acreditem que, como ela, são capazes de parir em paz.
bem hajam
cm