Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sabias que um bebé que não é amamentado tem maior risco de morrer que um bebé amamentadado?


  Comparadas às amamentadas exclusivamente, as crianças parcialmente amamentadas tiveram risco de morte por doença diarreica 4,2 vezes maior. O não aleitamento está associado a um risco 14,2 vezes maior de morte por doença diarreica em crianças brasileiras.
Victora CG, Smith PG, Patrick J, et al. Infant feeding and deaths due to diarrhea: A casecontrolled study. Amer J Epidemiol 129: 1032-1041, 1989

  Bebés em Bangladesh, parcialmente amamentados ou não-amamentados, apresentaram risco de morte por infecção respiratória aguda 2,4 vezes superior ao
de bebés amamentados exclusivamente. Quando as crianças foram predominantemente amamentadas, o risco de morte por infecção respiratória aguda foi similar ao daquelas que receberam aleitamento materno exclusivo.
Arifeen S, Black RE, Atbeknab G, Baqui A, Caulfield L, Becker S, Exclusive breastfeeding reduces acute respiratory infection and diarrhea deaths among infants in Dhaka slums. Pediatrics 108: e67, 2001

  Pesquisadores examinaram 1204 bebés que morreram entre 28 dias e um ano de causas que não incluíram anomalia congênita ou tumor maligno, e 7740 crianças que ainda estavam vivas com um ano de vida para o cálculo da mortalidade, e se essas crianças haviam sido amamentadas ou não, assim como os efeitos dose-resposta. Crianças nunca amamentadas apresentaram risco 21% maior de morte no período pós-neonatal que as amamentadas. Quanto mais prolongada a
amamentação mais baixo foi o risco. Promover o aleitamento materno traz um potencial para a não ocorrência de cerca de 720 mortes pós-neonatal por ano nos Estados Unidos. No Canadá, isso representaria cerca de 72 mortes.
Chen A, Rogan WJ. Breastfeeding and the risk of postneonatal death in the United States. Pediatrics 113: 435-439, 2004

  Um estudo importante feito em Gana procurou avaliar se o momento certo do início do aleitamento materno e o tipo de aleitamento praticado estão associados ao risco de mortalidade neonatal. O estudo incluiu 10.947 bebés que sobreviveram ao segundo dia e cujas mães foram visitadas durante o período neonatal.
O aleitamento materno foi iniciado no primeiro dia de vida em 71% dos bebés e em 98,7% até o terceiro.
O aleitamento materno foi exclusivo para 70% no período neonatal. O risco de morte neonatal foi quadruplicado nos bebés que receberam líquidos à base de leite ou sólidos, junto com o leite materno.
Houve uma clara reacção dose-resposta: quanto maior a mortalidade neonatal, maior o retardo do início do aleitamento materno, da primeira hora ao sétimo dia.
O início após o primeiro dia foi associado a um aumento de 2,4 no risco de mortalidade. Os autores concluem que 16% das mortes dos neonatos podem ser evitadas se todos os bebés forem amamentados a partir do primeiro dia, e que 22% podem ser evitadas se o aleitamento materno for iniciado na primeira hora.
Edmond KM, Zandoh C, Quigley MA, Amenga- Etego S, Owusu-Agyei S, Kirkwood BR. Delayed
breastfeeding initiation increases risk of neonatal
mortality. Pediatrics 117: 380-386, 2006
 
Fonte: IBFAN

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