Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

terça-feira, 28 de julho de 2009

A epidural cria uma separação entre a mulher e o seu corpo no momento em que ela mais tem necessidade de saber, e sobretudo sentir, o que está acontecendo. A mãe fica imobilizada, pregada numa cama durante todo o trabalho, sem a possibilidade de fiar-se em suas sensações - que praticamente deixam de existir. Ela só obedece às ordens do médico e sujeita-se às suas intervenções. A parte superior do corpo assiste, impotente e submissa, à intervenção médica efectuada na parte inferior. Incapaz de participar, a mulher fica condenada a suportar; quanto ao bebé, tem de enfrentar sozinho as contracções. A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, nãoseguem juntos o mesmo percurso.

Quando o corpo consente, Marie Bertherat

1 comentário:

moya disse...

"A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, não seguem juntos o mesmo percurso."

Que bonito, nunca tinha pensado nisso dessa forma, mas concordo em pleno: a Joana fez o caminho comigo: não consigo imaginá-lo de outra forma...