"A Nova Heroína, a nova mulher que emerge deste novo paradigma planetário que vai transformar as nossas sociedades, liberta-se da velha e milenar ilusão de que se deve cortar dos seus instintos femininos, afundando-se na culpa e no medo que estes lhe incutiam. É uma mulher que aceita aprofundar o mistério sagrado da sua sombra, para reconhecer e integrar o conflito corpo-alma, que a manteve séculos indefesa e bloqueada. A mulher que deixa de temer, cada vez mais, a paixão que a percorre nas fibras do seu corpo. Que aceita conectar-se com as suas profundezas inomináveis, que sabe tornar-se na dança das suas próprias emoções sem as recear, que é bem consciente da sua natureza animal nos seus músculos adormecidos, e que expressa e integra consciente de que a sua total identificação não é com uma parte, mas com o Todo essencial que a habita. A mulher que, lidando com a sua sombra, aceita os ciclos da vida-morte-vida e que em cada um desses renasceres dá à luz novas e maravilhosas expressões do seu Self-Alma feminina. Assim ela aprende a equilibrar corpo-Alma reconhecendo ambos como divinos e construindo o seu ego por relação a esta verdade, num caminho em que o ego se rende gradualmente à vida da Ama.
Quando a mulher aprende a diferenciar instintos, ego, espírito, ela deixa de tentar possuir um ou outro (assim sempre acaba sendo possuída pelo oposto). Quando a mulher experiencia o seu Self Alma através do reconhecimento e aceitação dos opostos, então ela pode conscientemente descansar na sua FEMINITUDE, voltar para casa em Si mesma e permitir que a Vida, sempre sagrada, a inunde através do seu próprio SER. Esta mulher é a nova heroína, aquela que construirá a nova terra.
In, A MISSÃO DA SUA VIDA, de Vera Faria Leal, Edt. Nascente
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