Dois monges caminhavam em silêncio, lado a lado, enquanto se dirigiam para o mosteiro da terra vizinha. Chegaram a um rio, que tinham que atravessar. Naquela altura do ano, as águas estavam mais agitadas do que o normal. Na marga, uma jovem mulher hesitava atravessar e pediu ao mais jovem dos monges se a ajudava. O monge exclamou, "Não vês que eu sou um monge, e que fiz um voto de castidade?"
"Eu não preciso de nada de ti que estrague o teu voto, apenas que me ajudes a atravessar o rio", respondeu a mulher com um pequeno sorriso.
"Eu... não... não posso.... fazer nada por ti", dissse o monge, embaraçado.
"Não faz mal", disse o monge mais velho. "Sobe para as minhas costas e atravessamo-lo juntos."
Ao alcançar a outra marge, o monge pousou a mulher no chão que lhe agradeceu com um grande sorriso. Os dois monges continuaram o seu caminho, em silêncio. Ao chegarem perto do mosteiro, o monge mais novo, sem conseguir aguentar mais, disse "Não devias ter levado aquela mulher nas tuas costas. É contra as nossas regras."
"Ela precisava da nossa ajuda, e eu larguei-a assim que cheguei à outra margem. Tu, não a carregaste, mas parece que ela ainda permanece nas tuas costas", respondeu o monge.
É disto que se trata viver de uma forma desapegada.... lembrem-se daquilo que é Permanente e saibam aquilo que é apenas Temporário, e os vossos problemas transformar-se-ão.
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