Hoje é um dia especial para mim... dia da Deusa Lucina.
Lucina - ou Lucetia - era a deusa luminosa dos sabinos (povo da Itália),representada por uma jovem cercada de luz, segurando nas mãos uma tocha e um prato de oferendas (patera). Posteriormente foi considerada um aspecto da deusa Juno e honrada como a padroeira dos partos por propiciar o acto de “dar à luz”. Com o passar do tempo, outro aspecto de Juno - Eileithia, cultuada em Creta - assumiu esta regência nos seus aspectos de Natio, padroeira dos nascimentos e Lucina, deusa da luz. O culto de uma deusa padroeira da luz solar é muito antigo, oriundo dos países nórdicos e bálticos, que celebravam no solstício de inverno o nascimento da criança solar e honravam sua parteira, a Mãe da Luz.
Apesar da destruição do seu antigo templo e de suas relíquias, não foi possível extinguir o culto da deusa Lucina. Como solução, a igreja católica transferiu a adoração do povo para uma figura cristã, Lucia ou Luzia, colocando um manto de castidade na imagem complexa da Deusa. Lucia foi considerada padroeira das doenças dos olhos e benfeitora dos pobres, a quem a santa teria doado os seus bens (uma clara alusão e incentivo aos fieis para fazerem doações à igreja).
Hoje é dia para reservar alguns momentos para mim e refletir sobre a expressão da luz, a minha própria e a que estou á procura. Após identificar o que obstrui, diminui ou obscurece o brilho genuíno da minha individualidade, acendo uma vela e, olhando fixamente para sua chama, medito e invoco a deusa Lucina. Com reverência e devoção peço-lhe visão clara, assertividade, coragem, segurança, proteção para os partos onde tenho o privilégio de estar.
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