Ela chora.
Ele sorri e diz que não custa nada...
Ela está nua, sente-se frágil e vulnerável.
Ele coloca a mão na sua vagina, mas ela pede para ele não o fazer....
Ele não ouve. Continua enquanto ela grita. Dói.
É para teu bem diz ele...
Depois vem outro e faz o mesmo. E outra ...
Deixam-na sozinha.
Ela chora.
É uma violação? Não... é apenas uma mulher a parir..
Não é uma violação?
Sobre o blog:
“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones
3 comentários:
O problema é que elas já nem dizem para não meter a mão: já consideram "normal" e "necessário"... Aliás, há muitas que até estranham e reclamam quando não se faz toques... OMG...
É uma violação. Brutal e fria que deixa sequelas para sempre.
"É só para dar uma ajudinha que está tudo muito verdinho."
A situação que aqui reproduziste, Catarina, é rara. Essa é a triste verdade. É como diz a moya. É raro uma mulher verbalizar o seu não consentimento aquando de um descolamento de membranas ou dilatação manual. E é raro por dois motivos simples:
1. Não têm noção daquilo a que estão a ser sujeitas - acham-no parte integrante e necessária do protocolo de assistência;
2. Não têm noção do quão lesivos podem ser estes procedimentos.
Mas quando não é assim - o que é raro, repito - sim, é violação. Não necessariamente estupro, mas violação de Direitos Humanos fundamentais, sem dúvida. E só digo que não tem de corresponder necessariamente a estupro, porque para que assim fosse, teríamos de levar em linha de conta com a intenção do agente - e a sua intenção, a maior parte das vezes, não passa pela violação como a estás a entender. É uma questão complicada...
Enviar um comentário