Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

domingo, 23 de maio de 2010

Terminou a semana mundial pelo parto respeitado

Infelizmente nem todas as mulheres têm o privilégio de viver o lado positivo do parto.


O que aconteceu com o parto? Assistimos a uma mudança tão profunda em toda a sociedade em tão pouco tempo... Porquê tanto medo?

O que aconteceu com o parto vaginal?




São esses as questões que vos coloco.

O que mudou? Esquecemo-nos do que é ser mulher?
Nós mulheres queremos ser independentes, mas será que somos independentes quando deixamos que outras pessoas decidam o que é melhor para nós num momento tão especial e único, tão transformador como é o momento de parir um filho?
Numa experiência tão feminina e poderosa, passámos a ser objectos, completamente alheias ao que se passa connosco. Temos medo de tomar a responsabilidade pelo nosso corpo e pelos nossos filhos!!

Se perguntarmos às nossas mães, também não sabem... Foi o médico que decidiu...

O objectivo deste blog é o de lembrar ás mulheres que já parimos sem medo, é um espaço de informação para percebermos que podemos ser protagonistas desse momento tão único, especial e mágico da nossa vida, como é o de parir!

Quando mudarmos a forma como parimos, mudaremos a relação que estabelecemos com o mundo.

Ser recebido num ambiente de amor, acolhedor desde o inicio faz toda a diferença!




Hoje, e sempre, não se esqueçam que somos donas do nosso corpo, somos donas dos nossos filhos!!
Celebremos a mulher mamífera que ainda há dentro de nós!






2 comentários:

Daisy disse...

O 1º foi dificílimo de ver, houveram vezes que fechei os olhos e deixei passar: imagens do sofrimento de qualquer ser (humano ou animal) ficam retidas como imagens mentais durante muito tempo, e tenho mesmo alguma dificuldade em distanciar-me deste sofrimento, mas ele existe e não há outra forma de nos lembrar e de nos fazer arregaçar as mangas para lutar por nascimentos dignos :).
Existe uma fotografia que faz muito lembrar uma foto do livro do F. Leboyer, Birth Without Violence (não sei qual é a tradução em Português) em que se vê o pai, mãe e médico e sorrirem deliciados e o bébé pendurado pelos pés com uma expressão de choro agonizante. Uma foto vale mais por mil palavras. O texto que se segue depois da foto é divinal.


O 2º video tem um erro!! Atenção!
Um dos autores em que a equipa se baseou para tirar informações (todas correctas!) foi a Sarah J. Buckley(http://www.sarahjbuckley.com) e não Sarah Buckland como vem no final. A Sarah é uma médica obstetra australiana, que teve 4 filhos em casa de parto natural (e em nenhum deles fez ecografias!) e escreveu um livro (que saiu em 2009, actualizadíssimo - Gentle Birth, Gentle Mothering - a doctor's guide to natural childbirth and gentle early parenting choices) com TODA a informação e conhecimento (conseguido até hoje) sobre a gravidez e parto. Tudo o que ela escreve está documentado cientificamente e o livro contém todas as referências que ela estudou ou disponíveis actualmente. É um livro extenso, de quase 350 páginas, e o público alvo são mães, pais, doulas, enfermeiras (parteiras/obstretas), médicos e todas as pessoas envolvidas nestas áreas. É um livro lindo de se ler, toda a informação que uma grávida/mulher precisa está lá, ela dá o testemunho de todos os partos dela (o último é surpreendente!), a descrição dela sobre o que é a placenta, como funciona, o porquê da importância do cordão umbilical parar de pulsar, de como o contacto imediato da mãe e do bébé assim que este nasce é fundamental para o desenvolvimento cerebral do bébé, enfim, coisas que nunca vos passariam pela cabeça e que muitas das vezes não nos é dito pelos médicos que nos acompanham (salvaguardo as excepções, ainda bem que existem!).
É um livro que vale mesmo muito a pena, sendo o mais sincera possível, em termos científicos.
O mais espantoso é percebermos que na natureza nada é deixado ao acaso e tudo trabalha em uníssono para a sobrevivência da espécie.
A Sarah Buckley é defensora do parto natural, das doulas, da amamentação e da partilha de cama com os pais. Todo o livro está escrito de uma forma imparcial, não há pressão para escolher isto ou aquilo, há um rigor muito grande em transmitir toda a informação correctamente, a verdade.

A música é linda! :)

Obrigada,
Susana M.

Unknown disse...

pensei muito se havia de colocar o 1o vídeo ou não. . . Mas achei que não podemos continuar a esconder esta realida. . . Sobre o erro não tinha reparado mas tenho o privilégio de ter o livro de que falas e recomendo vivamente, é muito bom! cat