Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

domingo, 16 de maio de 2010

Semana Mundial pelo Parto Respeitado

Começa hoje e tem como tema "Parir e Nascer: do Trauma ao Prazer" ("BIRTH TRAUMA, BIRTH PLEASURE")

Aquilo que vos peço é que de alguma forma ( fotografia, vídeo, desenho, texto...) demonstrarem o prazer que tiveram no vosso parto ( pode ser durante o trabalho de parto, durante o expulsivo, no pós-parto....).
Esses trabalhos serão publicados no blog.


Aguardo noticias pelo catarinapardal@sapo.pt

Para comemorar esta data convido-vos a aparecerem, 6ª feira dia 21 de Maio das 16h30m ás 18h30m, na HUG em Linda-a-Velha para, numa roda de mulheres, falarmos sobre esta temática. ENTRADA LIVRE!


Deixo-vos um texto de Adailton Salvatore Meira, médico obstetra que escreveu a introdução da edição brasileira do livro Parto Ativo: Guia Prático para o Parto Natural de Janet Balaskas.


O parto, uma experiência fundamental, profunda e marcante, deixa cicatrizes, em todos os sentidos, na vida das mulheres e, às vezes, influencia indiretamente toda a família. De certa maneira, o nascimento sela a relação que vai existir entre a mãe e a criança para o resto da vida, dá o matiz do eixo de transferência e contra-transferência, influenciando a postura que o novo ser terá em relação à vida.

O parto pode deixar um saldo positivo ou negativo. Por um lado, pode ser uma oportunidade de a mulher que dá à luz ter vivências que vão dignificá-la, de crescer perante ela mesma e ser mais mulher ainda. Alguns dizem que o parto pode ser uma experiência que vai de certa maneira, "limpar" as experiências negativas relacionadas à sexualidade, bloqueios, traumas, abortos, etc. São vivências que vão fortalecer o "eu interior". Em minutos a mulher pode reviver seu prórpio nascimento e a complexa relação com sua mãe. Em nenhum momento o instinto profundo de fêmea fala tão alto. Ela se transforma, não dá para segurar... o marido que já acompanhou a esposa durante o trabalho de parto sabe do que estou falando: "É uma outra pessoa". Uma outra mulher aflora naquele momento. [...]

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