Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A minha amishe :)

Maria :)
Revista Pais&Filhos: "Espera-se que o nascimento de um filho seja um momento sereno e acolhedor, mas muitas mulheres continuam a sentir-se humilhadas perante o tratamento dos profissionais de saúde nas maternidades.

Acreditamos que o mal não é geral, que a maioria das grávidas em trabalho de parto encontra bons profissionais, capazes de lhes darem a mão numa contracção mais apertada. Mas sabemos, por vários relatos que nos chegam à redacção, que ainda é normal ouvirem-se comentários paternalistas, autoritários ou descabidos enquanto um bebé se prepara para nascer. Assim como nas histórias que se seguem

Clorinda, mãe da Maria, nascida a 9 de Junho de 2008

"Depois de uma experiência de parto pouco gratificante numa instituição privada com o meu primeiro filho, optei por ter a Maria numa maternidade pública. Informei-me, preparei-me e quando rebentaram as águas não fui a correr para o hospital. Sem contracções, sem dores, a sentir-me bem, deixei-me ficar em casa, serenamente, à espera. Passadas 12 horas, com as primeiras contracções a darem sinal, dirigi-me então ao hospital. A recepção foi completamente inesperada. Chamaram-nos estúpidos, inconscientes, amishes. Tudo porque tínhamos esperado «muito tempo» depois de a bolsa ter rebentado. Comecei a ficar muito nervosa, principalmente com a médica que me viu primeiro e que sempre me tratou com antipatia. Cada vez que ela entrava no quarto, sentia que as contracções paravam. No plano de parto (que foi aceite pela maternidade), pedi que não me pusessem o CTG nem soro, mas fizeram-no assim que cheguei, com o argumento de que precisava fazer antibiótico, pois tinha a bolsa rota há 12 horas (mesmo sem ter saído de casa) e podia ser foco de infecção. O meu desejo era ter um parto normal e disse isso à equipa de serviço, mas a resposta foi: «Por acaso há partos anormais?». Umas 30 horas depois de a bolsa ter rompido, o trabalho de parto continuava a evoluir muito devagar. A certa altura, a médica entrou no quarto, pôs-me ocitocina sob a forma de comprimido vaginal e disse: «Esta mãe é uma irresponsável, por isso nem vou explicar o que estou a fazer». Outra médica, disse-me ainda que «se queria um parto normal, ficasse em casa». Ter a Maria deste lado foi lindo, mas durante o resto do tempo senti-me gozada, de mãos atadas. " Ler a reportagem aqui: http://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1992&Itemid=60


1 comentário:

Anónimo disse...

Ahahahah, agora é que eu vi!!! Esta miúda vai ser uma traumatizada... com pais irresponsáveis a quererem partos normais e que a põem a fazer pilates de babygrow... ;)))) Ai que ainda vem aí a Protecção de Menores e ma levam... Amei! Beijos, Clo, a Amishe-mãe!