Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

YONI: PARTO E (RE)NASCIMENTO

Dançando a Plenitude




Espectáculo de e com IRIS
19 e 20 de Setembro
Café-teatro do Centro Cultural da Malaposta, Odivelas


Sessões:
dia 19 às 21h00
dia 20 às 16h00

Bilhetes: 10€

Reservas:
www.malaposta.pt
21 938 31 00 info@malaposta.pt

Yoni é o nome sânscrito da energia feminina cosmica, a energia da criação eterna. É o nome da vulva sagrada da Grande Mãe, presente no corpo de todas as mulheres, como uma gruta iniciatica de mistérios profundos, como a noite primordial de onde nasce a Luz.
Yoni  é a minha experiência como Mulher, e como Mãe gestante. É uma performance aos 8 meses de gestação do meu primeiro filho. É um momento onde me visitam na consciência e no subconsciente todas as forças arquetipicas do Ser que sou e da força que uma mulher gravida pode ter, como um manancial infinito.
É um rito de passagem iniciatico, pelo reino das aguas uterinas, pelas emoções e sonhos,  pelo passado das mulheres que fui e sou, e que foram antes de mim, o elo entre todas as Mães.
Desde a concepção, à gestação, ao parto, Yoni é a minha viagem vida-morte-vida. Desde a vagina dentata à vagina alma mater. Desde a força da destruição à criação pelo Amor incondicional.
O equlibrio entre vulnerabilidade e força, vida e morte, porque nascer é sempre morrer também. E dar à Luz um momento em suspenso no tempo e espaço onde todas as fronteiras se cruzam e fundem. Integrando o parto como experiência essencial da sexualidade feminina.
Porque o meu corpo ja não me pertence, agora é parte de uma força criativa que me toma e nele se manifesta. Agora  é o templo do meu filho, caldeirão alquimico de criação.
Yoni é para a mim a plenitude de ser Arte, criadora e criação em simultâneo, sentindo a Maternidade como uma processo criativo interior profundo que nos torna a nossa propria manifestação artistica. A Mulher gestante esta tão ligada às forças orgânicas criativas e de transmutação que se torna, além de si mesma, parte directa e inegavel do corpo maior que é toda a Terra.
É a viagem de mim para mim, e a viagem deste Ser que através de mim chega. Como a viagem de Inanna aos mundos subterrâneos, negros, uterinos. A passagem pelos 7 portais, 7 Chackras, despojando-me em cada um para ser além de mim, nascendo como Mãe na gestação do meu Filho, mergulhando nas profundezas do Ser e indo além de mim, até ao não Ser. Morrer e renascer recriada e Infinita. Livre, Só, Vazia, Plena .
Durante a performance serão projectadas imagens de Mães gestantes de varias partes do mundo, sobretudo mesclando vivências urbanas e tribais de todos os continentes, concedendo à performance um aspecto antropologico e intemporal, recuperando as simbologias do parto e da Mãe em diversas culturas étnicas e em varios momentos da historia.
Vivendo a maternidade e parto como uma celebração à nossa capacidade natural de gerar, dar à Luz e alimentar os nossos filhos, partindo da sabedoria e energia vital intrinseca com que nascemos para faze-lo.
 
"A mulher ilustra literalmente o padrão continuo de vida de como a energia se torna matéria através da gravidez, parto e nascimento."   Caroline Myss
"Por toda a eternidade Deus jaz numa cama de parto, dando à Luz. A essência de Deus é dar à Luz."   Meister Eckhart
"A maternidade não é apenas o processo orgânico de dar à Luz...é compreender as necessidades do Mundo. "  Alexis DeVeaux

http://www.irislican.blogspot.com

Iris  Dança, Ideia original           
Raphaelle Noden, Clement Darrasse  Video
Baltazar Molina    Som
Paulo Correia  Luz
Rita Magalhães   Fotografia
Produção: AiGA, Associação Internacional de Germinação Artistica

Onde?
- Centro Cultural da Malaposta Rua Angola 2620-492 Olival Basto
- Metro Sr Roubado, Linha Amarela

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