Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Coisas da Princesa....

Estava a ler-lhe um livro, sobre como nascem os bebés...



- Aquele livro que tu não me deixas mexer é muito mais giro.

- É o livro da Naoli e tu sabes que a mãe gosta muito dele, podes ver o livro mas não é para brincar....

- Mãe, porque é que esta senhora está a ter o bebé deitada, o outro livro é mais bonito!

- Nos hospitais é assim... foi assim que nasceste...

- O pai vestiu estas roupas esquisitas?


- Não, quem estava com a mãe era a avó das picas.

- Estavas doente?
- Não! Porque dizes isso?

- Os doentes é que vão para o hospital...


Eu fico ai uns 20 segundos sem palavras enquanto
ela olha para mim a espera de uma resposta... Eu respondo a gaguejar....


- Pois....Sabes filha... as vezes os bebés nascem em casa, mas nascem muitos no hospital....

- Quando eu for grande gostava de ter o meu bebé cá em casa!

E vai-se embora a correr contar ao Pirata....

Confesso que ainda tenho baba a escorrer :)

2 comentários:

moya disse...

Para quando mais crianças que não temam o parto? que o vejam como um acto fisiológico e natural?... é tão fácil...

(in)sóni@ disse...

Também tenho esse livro e deturpo sempre essa parte do texto quando o leio ao meu filho de 4 anos.
É uma pena que queiram incutir nas crianças a ideia de que o parto tem que acontecer no hospital e de forma tão medicalizada.
Prefiro substituir as frases infelizes do livro por outras que me satisfaçam e dar à história um outro final, deixando bem claro que a mãe pode ou não ir para o hospital e que, embora ele tenha nascido num e tenha saído pelo corte que o médico fez na minha barriga, o que eu gostava mesmo era que ele tivesse nascido cá em casa e saído pelo meu pipi.
E o mais delicioso é que ele acha este meu desejo a coisa mais natural do mundo :D
Sim, realmente é muito, muito fácil...
Os adultos bem podiam aprender com as nossas crianças ;)
Beijinhos,
Sónia