Sobre o blog:

“A humanização do nascimento não representa um retorno romântico ao passado, nem uma desvalorização da tecnologia. Em vez disso, oferece uma via ecológica e sustentável para o futuro” Ricardo H. Jones

sábado, 16 de maio de 2009

Relato de uma cesariana ( 2ª filho, 2ª cesariana )

Como podemos ler neste relato, há pequenos pormenores, como dar a mão, atendimento empático por parte da equipa, etc, que podem tornar a cesariana mais.... "humanizada".

 

"No final de uma gravidez muito atribulada a médica finalmente marcou-me a cesariana, 5 de Janeiro de 2004, seria o grande dia! No entanto, e depois de um Natal trabalhoso as águas rebentaram por volta das 6 horas do dia 27 de Dezembro de 2003! Ia ter a minha princesa nos braços uns dias mais cedo…

 

Cheguei ao hospital por volta das 8 horas, mostrei o papel da médica, CTG, banho e burocracias e lá fui eu! Estava super calma! Entrei no bloco operatório e fui super acarinhada pela equipa. Não era a médica que me tinha seguido mas sentia-me muito segura e feliz. Explicaram-me como seria a epidural, sentei-me na mesa, na posição fetal, e levei a picadela. Deixei de sentir da cintura para baixo e fartei-me de rir com a equipa pelo facto de me levantarem as pernas e eu não as sentir.

 

De repente comecei a ficar mal disposta, só houve tempo de me colocarem qualquer coisa ao meu lado e fartei-me de vomitar. Fiquei melhor e nunca perdi a boa disposição. Havia uma enfermeira que esteve sempre de mão dada comigo (sem que eu lhe pedisse) e isso deu-me um enorme conforto e segurança!

 

De repente, depois de muito mexerem (às vezes tinha a sensação de que me iam partir alguma coisa), o mais esperado aconteceu! Vi a Sara! Linda, linda, linda! A cara do mano Tiago! Chorei de alegria! A minha filha tão linda e tão perfeitinha! Colocaram-na sobre mim e pude senti-la! Senti-la já fora de mim mas tão pertinho! Recordo  como a pele era suave! Suave e aveludada! Estava tão quentinha e tão linda!

 

Entretanto, depois de a despacharem, levaram-na e eu fui para outra sala onde fiquei durante umas horas ligada a uns monitores mas super bem! Não tinha dores, sentia-me bem!

 

Fui para o quarto, tive a família toda à minha volta, o meu Tiago chorava e queria que eu fosse para casa! As dores vieram mais tarde mas tive tanto apoio e carinho por parte da equipe do hospital que se aguentavam! Tão diferente do nascimento do Tiago! Desta vez senti-me logo mãe! "

 

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